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Dia mundial do meio ambiente: restauração da Terra

Por Bruno Morais

O Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho, é um lembrete da importância crucial de proteger e preservar nosso planeta. Esta data foi estabelecida pela Assembleia Geral das Nações Unidas  durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, em Estocolmo em 1972 para aumentar a conscientização sobre os desafios ambientais e promover ações que visem um futuro sustentável. Vale lembrar que a Conferência de Estocolmo foi a primeira iniciativa global nesse sentido.


Os problemas ambientais que nosso planeta enfrenta são numerosos e complexos, desde mudanças climáticas e poluição do ar até perda de biodiversidade e escassez de recursos. Esses desafios afetam todos nós, independentemente de onde vivemos ou de nossas origens. A cada ano, o tema do Dia Mundial do Meio Ambiente destaca um aspecto específico da sustentabilidade ambiental. Em 2022, o tema foi "Uma Só Terra", e em 2023 “Poluição Plástica” e neste ano de 2024 está focado na restauração de terras, desertificação e resiliência à seca.


Segundo o Programa da ONU para o Meio Ambiente (UNEP), o Reino da Arábia Saudita, país em que será organizado o evento deste ano, está agindo nacional e regionalmente por meio da Iniciativa Verde Saudita e da Iniciativa Verde do Oriente Médio¹, ações essas que são vitais quando enfrentamos uma preocupante intensificação da tripla crise planetária: a crise das mudanças climáticas, da natureza e da perda de biodiversidade e da poluição e dos resíduos


O Brasil não possui uma região desértica como a Arábia Saudita, mas nossa região semiárida, que cobre a maior parte do Nordeste e parte de Minas Gerais e Espírito Santo, sofre com o processo de desertificação.


Segundo o professor Humberto Barbosa, do Instituto de Ciências Atmosféricas (Icat)²:

“Em resumo, o deserto é uma condição natural de uma região ou paisagem árida ou semiárida, enquanto o processo de desertificação, além das características naturais secas, é condicionado pelas ações antrópicas. Assim, a área perde, progressivamente, sua produtividade a ponto de não conseguir mais se recuperar”.

Um estudo de 2022 propõe uma abordagem metodológica mais precisa para qualificar e monitorar a intensidade dos processos de desertificação no semiárido brasileiro³, e foi desenvolvido por pesquisadores das seguintes instituições: Instituto Nacional do Semiárido (INSA/MCTI), Instituto Federal Baiano (IFBA), Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Universidade Federal de Rondônia (UNIR), e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Um dos resultados foram os mapas abaixo:



O trabalho indica que o Carbono Orgânico do Solo (COT) teve o melhor desempenho em termos de capacidade de apuração da intensidade do processo de desertificação, e que 9%, 85% e 6% da extensão atual do Semiárido apresentam, respectivamente, índices de desertificação alto, moderado e baixo, respectivamente. 


Além da distribuição do COT no mapa a e índice de desertificação em b, o mapa c mostra o índice de aridez e o mapa d o índice de vegetação por diferença normalizada, que avalia a biomassa verde, por imagem de satélite.


Por fim, ressalta-se a importância de uma semana mundial do meio ambiente para que governos e sociedade se mobilizem e reflitam sobre os problemas da nossa casa comum, o planeta Terra. Vemos também a importância do fomento à pesquisa pública brasileira, que dentre tantas tarefas, monitoram o avanço da desertificação no território.




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