Por David Prosper
Traduzido por Marco Centurion
O inverno traz consigo grandes possibilidades de visualização de nossa galáxia, a Via Láctea, para observadores presenteados com céus escuros. Para pessoas que vivem em cidades, o primeiro contato com a Via Láctea acontece quando em viagens para regiões afastadas dos grandes centros. Portanto, se caso você esteja em viagem para longe das cidades, faça a si mesmo um favor e olhe para cima!
Para observar a Via Láctea, você precisará de limpos e escuros céus, além de tempo o suficiente para adaptar seus olhos aos céus escuros. Fotografias da Via Láctea são de perder o fôlego e normalmente elas apresentam mais detalhes e cores do que nossos olhos humanos conseguem ver, e aí que está a beleza e uma invisível ilusão natural das fotografias de longa exposição. Nesta fase do ano, para moradores do hemisfério sul, a mais proeminente porção da nossa galáxia nasce a sudeste, com as constelações de Sagitário e Escorpião. Importante ressaltar que a Via Láctea não é facilmente avistada, mesmo em céus escuros, até que ela suba um pouco acima do horizonte, reduzindo a interferência da espessa e turbulenta atmosfera o qual dificulta a visão. A Via Láctea é enorme, mas seu brilho ainda é tênue e nossos olhos precisam de tempo para se ajustarem ao escuro e podermos enxergar detalhes. Procure evitar olhar para as telas dos celulares enquanto espera, se não o brilho da tela atrapalhará no processo. A melhor forma de ver a Via Láctea é quando a Lua e está em fase crescente; já que não é desejável que o brilho intenso da Lua atrapalhe potenciais observações, especialmente quando está em fase cheia.
Manter os olhos adaptados ao escuro é muito importante se você deseja não somente olhar a névoa da Via Láctea, mas também o grande e Escuro Rio que corta essa névoa, que se estende desde a constelação do Triângulo d Verão até Sagitário. Este caminho obscurecido é conhecido como Rio Escuro (Great Rift) e é visto mais facilmente a partir de céus escuros e limpos encontrados em regiões mais desérticas. O que exatamente é este Rio Escuro? Você está olhado para uma massiva nuvem de poeira galáctica situada entre a Terra e o centro da Via Láctea. Outras nebulosas escuras de nuvens cósmicas em nossa Via Láctea, incluindo uma conhecida como Saco de Carvão, encontrada logo abaixo da constelação vista somente de nosso hemisfério, o Cruzeiro do Sul. Muitas culturas celebram estes céus escuros e suas constelações da Via Láctea, em seus contos tradicionais.
Onde exatamente está o nosso Sistema Solar na Via Láctea? Existe alguma forma de ter algum senso de escala? A atividade do Night Sky Network, denominado “Nosso Lugar em Nossa Galáxia” (Our PLace in Our Galaxy) pode ajudar exatamente com esta indagação, usando somente um alpiste, uma moeda e um pouco de imaginação: bit.ly/galaxyplace. Você também pode explorar os incríveis feitos científicos que a NASA tem feito para compreender nossa galáxia, além de nosso lugar nela, em: https://www.nasa.gov/.
O Rio Escuro mostrado com mais detalhes nessa foto de uma parte da Via Láctea, juntamente com as brilhantes estrelas do Trângulo de Verão. Você pode ver o porquê é denominado Rio Escuro. Créditos: NASA / A. Fujii.
Se a Via Láctea fosse comprimida para o tamanho da América do Norte, nosso Sistema Solar inteiro seria do tamanho de uma moeda. Em escala, a estrela polar Polaris – a qual está a cerca de 433 anos-luz de nós – seria distaria em 17,7k! Encontre mais formas de visualizar essas imensas dimensões com a atividade “Nosso Lugar em Nossa Galáxia”: bit.ly/galaxyplace
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