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Betelgeuse e a Nebulosa do Carangueijo: Morte estelar e renascimento


O que acontece quando uma estrela morre? Observadores estão atentos a estrela gigante vermelha Betelgeuse desde que seu brilho esmoreceu recentemente, gerando burburinho de que ela possa se findar em uma brilhante supernova. Mesmo que seja pouco provável que ela exploda em breve, pudemos prever seu enfraquecimento por meio de observações próximas a Nebulosa do Carangueijo.

Betelgeuse, apesar de seu recente empalidecimento, é ainda fácil de encontra-la como a estrela avermelhada no ombro de Orion. A conhecida estrela variável, Betelgeuse disputa pela posição de estrela mais brilhante em Orion com a brilhante azul Rigel, porém recentemente seu brilho reduziu próximo a Aldebaran, na constelação do Touro. Betelgeuse é uma estrela jovem, estima-se que tenha poucos milhões de anos, mas devido a sua enorme dimensão, sua vida é curta. Essa estrela massiva, conhecida como supergigante, exauriu o hidrogênio em seu núcleo e começou então a fundir hélio, que resulta em um resfriamento das camadas externas da estrela e dilatar dramaticamente seu tamanho.

Betelgeuse é uma das únicas estrelas que possuímos detalhes observacionais de sua superfície, devido ao seu enorme tamanho, algo em torno do diâmetro da órbita de Marte e Júpiter, e relativamente próxima, com uma distância de 642 anos-luz. Betelgeuse está também em alta velocidade, possivelmente provocada pela fusão com uma estrela companheira menor. Se este for o caso, Betelgeuse pode na realidade, ter ainda alguns milhões de anos de vida. Portanto, a estrela pode não explodir tão proximamente; ou pode explodir amanhã! Temos muito o que aprender ainda sobre esta intrigante estrela.

A Nebulosa do Carangueijo (M1) está relativamente próxima a Betelgeuse no céu, na constelação de Touro. Suas fantasmagóricas nuvens de gás resultaram de uma massiva explosão, a supernova observada pelos astrônomos em 1054! Um telescópio de quintal permite que você veja alguns detalhes, mas somente avançados telescópios revelam o rápido movimento giratório da estrela de nêutrons posicionada em seu centro: o último resquício estelar de um evento cataclísmico. Estas nuvens de gás criadas durante o violento desaparecimento de uma estrela gigante e expansão radial enriquecendo o universo com elementos pesados como o silício, ferro e níquel. Tais nuvens ricas em elementos atuam como cósmicos fertilizantes, gerando planetas rochosos como o nosso planeta Terra. Supernova também expulsa poderosas ondas de choque que ajudam na geração de estrelas. Na verdade, se não fosse por uma supernova ancestral, nosso Sistema Solar, junto com todos nós, não existiria! Você pode aprender muito mais sobre a Nebulosa do Carangueijo e sua estrela de nêutrons em um novo vídeo do “Universe of Learning” da NASA, criado das observações dos Grande Observatórios do Hubble, Chandra e Spitzer: bit.ly/CrabNebulaVisual

Esta imagem da Nebulosa do Carangueijo combina raios-X observações do telescópio Chandra, observações ópticas do Hubble e de infravermelho do Spitzer para revelar intrincados detalhes. Note o quão violentamente irradia a energia da estrela de nêutrons no centro da Nebulosa (também conhecida como Pulsar) e aquece o gás que a circunda. Mais sobre esta incrível “nebulosa de vento pulsar” pode ser encontrado em bit.ly/Crab3D. Créditos: NASA, ESA, F. Summer, J. Olmsted, L. Huntak, J. DePasquale and G. Bacon (STScI), N. Wolk (CfA) and R. Hurt (Caltech/IPAC)

Observe Betelgeuse e a Nebulosa do Carangueijo após o crepúsculo!

Nossos últimos três artigos cobriram o ciclo de vida das estrelas por meio de observações de duas constelações vizinhas: Orion e Touro! Nossas contemplações nos levaram até as “estrelas bebes” encontradas no berçário estelar da Nebulosa de Orion, em direção às estrelas jovens das Plêiades e às estrelas adultas do aglomerado aberto de Híades e finalizou com a evanescente Betelgeuse e os resíduos da Nebulosa do Carangueijo. Quer saber mais sobre o ciclo de vida das estrelas?

Explore a evolução estelar com a atividade e folheto “The Lives of the Stars”: bit.ly/starlifeanddeath.

Este artigo é distribuído pelo NASA Night Sky Notes Network. O programa Night Sky Network apoia clubes de astronomia no mundo, dedicados à disseminação da astronomia.

Visite o nightsky.jpl.nasa.org para encontrar clube em sua região e mais!


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