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Uma estrela anã laranja está vindo em direção ao Sistema Solar!

É extremamente difícil prever as consequências de um evento como esse.


Notícia

Conteúdo original da agência russa Космо

Traduzido por Marco Centurion


Comparação de tamanhos de estrelas tipo G (como o Sol), com anãs do tipo K e M. Créditos da imagem Sankalan Baidya
Comparação de tamanhos de estrelas tipo G (como o Sol), com anãs do tipo K e M. Créditos da imagem Sankalan Baidya

A cerca de 62 anos-luz do Sol encontra-se uma estrela anã laranja aparentemente sem muito destaque astronômico, chamada GJ 710, ou Gliese 710. Trata-se de uma estrela relativamente pequena, cuja massa corresponde a apenas 57% da massa solar, e seu raio é 42% menor do que o da nossa estrela. Somando-se ao fato de que sua temperatura superficial é de apenas 4143 K, ou um pouco menos de 4000 °C, não é surpreendente que esse objeto emita 11 vezes menos energia para o espaço ao redor do que o Sol.


Entre as muitas outras anãs laranjas, essa estrela se destaca pela direção de seu movimento. A cada segundo, GJ 710 se aproxima da Terra a uma velocidade de 14,5 quilômetros. Cálculos mostram que, dentro de 1,29 milhão de anos, esse astro passará pela periferia do Sistema Solar a uma distância de cerca de 10.000 unidades astronômicas do Sol. Quando do ponto de maior aproximação, ela se tornará o objeto mais brilhante do céu noturno, várias vezes mais brilhante que Sirius.


É extremamente difícil prever as consequências de um evento como esse. Atualmente, Nuvem de Oort, que será a principal região do Sistema Solar afetada pela visitante estelar, ainda é pouco estudada para que modelos precisos possam ser elaborados. No entando, pode-se apenas supor que a parte interna do nosso sistema, incluindo a Terra, sofrerá visitas mais frequentes de cometas e asteroides de longo período. Ao mesmo tempo, alguns objetos da periferia do sistema perderão sua ligação gravitacional com o Sol e poderão ser capturados gravitacionalmente pela GJ 710, ou então partirão em trajetória livre pelo Universo.


De qualquer forma, a influência gravitacional dessa estrela não será suficiente para alterar significativamente as órbitas dos principais planetas do Sistema Solar, incluindo os objetos transnetunianos anões, como Plutão, Sedna ou Makemake. No entanto, uma aproximação tão extrema permitirá obter informações científicas incríveis, se, é claro, a humanidade ainda existir até lá.



Artigo encontrado em dzen.ru (originalmente publicado em 29/04/2025)

Link para acesso ao original: https://dzen.ru/a/aBDNB-vA9mhsMBMB

 
 
 

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