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'Warp drives' podem ser possíveis um dia, sugere novo estudo

"Ao demonstrar um modelo pioneiro, mostramos que os motores de dobra podem não estar limitados à ficção científica."


Notícia

Por Mike Wall

Traduzido por Marco Centurion


Concepção artística do que pode parecer mover-se na velocidade da luz. (Crédito da imagem: Shutterstock)

Um novo estudo fornece alguma fundamentação teórica para os motores de dobra, sugerindo que a tecnologia de propulsão super rápida pode não iludir para sempre a humanidade. Os fãs de ficção científica, especialmente os devotos de "Star Trek", estão familiarizados com os motores de dobra. Esses motores hipotéticos manipulam o tecido do espaço-tempo em si, comprimindo a matéria à frente de uma nave espacial e expandindo-a logo atrás. Isso cria uma "bolha de dobra" que permite que uma nave viaje a velocidades incríveis, alguns dizem até que muitas vezes mais rápido do que a velocidade da luz.


Em 1994, o físico mexicano Miguel Alcubierre publicou um artigo inovador que delineou como um motor de dobra da vida real poderia funcionar. Este desenvolvimento emocionante veio com uma ressalva importante, no entanto: O "drive Alcubierre" proposto exigia energia negativa, uma substância exótica que pode ou não existir (ou, talvez, a manipulação de energia escura, a misteriosa força que parece estar causando a expansão acelerada do universo).


Alcubierre publicou sua ideia em Classical and Quantum Gravity. Agora, um novo artigo no mesmo periódico sugere que um motor de dobra pode não exigir “energia negativa exótica”.


"Este estudo muda a conversa sobre motores de dobra... Ao demonstrar um modelo pioneiro, mostramos que os motores de dobra podem não estar limitados à ficção científica."

disse o autor principal Jared Fuchs, da Universidade do Alabama, Huntsville, e do think tank de pesquisa Applied Physics, em comunicado.


O modelo da equipe usa "uma mistura sofisticada de técnicas gravitacionais tradicionais e inovadoras para criar uma bolha de dobra que pode transportar objetos a altas velocidades dentro dos limites da física conhecida", de acordo com o comunicado. Entender esse modelo provavelmente está além da maioria de nós; o resumo do artigo, por exemplo, diz que a solução "envolve combinar uma casca de matéria estável com uma distribuição de vetor de deslocamento que se aproxima muito das soluções conhecidas de motores de dobra, como a métrica Alcubierre".


O motor proposto não poderia alcançar viagens mais rápidas que a luz, embora pudesse se aproximar; o comunicado menciona "velocidades altas, mas subluminais".


Este é um único estudo de modelagem, então não fique muito animado. Mesmo que outras equipes de pesquisa confirmem que a matemática relatada no novo estudo seja correta, ainda estamos muito longe de poder construir um motor de dobra real. Fuchs e sua equipe admitem tanto, enfatizando que seu trabalho pode acabar sendo um trampolim no longo caminho para um voo interestelar eficiente.


"Embora ainda não estejamos nos preparando para viagens interestelares, esta pesquisa anuncia uma nova era de possibilidades... Continuamos progredindo constantemente enquanto a humanidade embarca na Era da Dobra."

disse Gianni Martire, CEO da Applied Physics, no mesmo comunicado.


O estudo da equipe foi publicado online em 29 de abril. Você pode encontrá-lo aqui, embora tudo, exceto o resumo, esteja por trás de um paywall; uma versão em preprint gratuita está disponível via arXiv.org.


Artigo encontrado em space.com (originalmente publicado em 07/05/2024)

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