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As Fases da Lua: Um Guia Completo sobre o Ciclo Lunar

Rodrigo Raffa

A Lua, nossa companheira celeste mais próxima, tem um impacto profundo na Terra, desde as marés até o folclore de diversas culturas. As fases da Lua são uma das maneiras mais fascinantes de observarmos seu ciclo constante de transformação no céu. Mas você sabe exatamente como essas fases acontecem e como observá-las? Neste artigo do Clube Centauri, vamos explorar em detalhes o ciclo lunar e suas 8 fases principais.


A Lua orbita a Terra em uma trajetória quase circular, um fato conhecido desde muito antes de Galileu. No entanto, algo que pode parecer curioso à primeira vista é que sempre vemos a mesma face lunar voltada para nós. Isso ocorre porque a Lua está em rotação síncrona: o tempo que leva para girar em torno do próprio eixo é exatamente o mesmo que leva para completar uma volta ao redor da Terra. Assim, conforme se desloca em sua órbita, sua rotação mantém a mesma face voltada para o nosso planeta.


Dessa forma, dividimos a Lua em dois hemisférios: a face visível e a face oculta. Mas atenção! Isso é diferente da distinção entre a face iluminada e a face escura. Essa segunda divisão não depende da Terra, mas sim da posição relativa da Lua em relação ao Sol. A luz que vemos da Lua é reflexo da luz solar, e à medida que ela orbita nosso planeta, diferentes porções são iluminadas, dando origem às Fases Lunares.


O que são as Fases da Lua?

As fases da Lua são o resultado da posição relativa entre a Terra, a Lua e o Sol. Embora a Lua não emita luz própria, ela reflete a luz solar, e é essa reflexão que vemos da Terra. Conforme a Lua orbita nosso planeta, diferentes partes dela são iluminadas, criando o ciclo das fases lunares que leva cerca de 29,5 dias para se completar, conhecido como mês sinódico.



As 8 Fases da Lua Explicadas


Cada fase da Lua oferece uma vista única no céu noturno, e o ciclo completo segue esta ordem:


As fases da Lua e sua posição relativa com o Sol e a Terra.
As fases da Lua e sua posição relativa com o Sol e a Terra.

  1. Lua Nova: Aqui, a Lua está posicionada entre a Terra e o Sol, o que significa que o lado iluminado da Lua está voltado para longe de nós. Durante essa fase, a Lua não é visível do nosso ponto de vista na Terra.


  2. Crescente Côncava: Logo após a Lua Nova, uma pequena parte da Lua começa a ser iluminada e aparece no céu. Essa fase crescente forma uma fina curva de luz, parecendo uma foice.


  3. Quarto Crescente: Aproximadamente uma semana após a Lua Nova, vemos metade da Lua iluminada. Esta fase é chamada de "Quarto Crescente", pois a Lua completou cerca de um quarto de sua órbita ao redor da Terra.


  4. Crescente Gibosa: Conforme mais luz solar é refletida pela superfície lunar, a Lua parece estar quase cheia, mas não completamente. Esse aumento contínuo de luz é conhecido como Lua Gibosa Crescente.


  5. Lua Cheia: Esta é talvez a fase mais famosa e aguardada do ciclo lunar. Durante a Lua Cheia, o lado da Lua voltado para a Terra está totalmente iluminado. Essa fase ocorre quando a Terra está entre a Lua e o Sol.


  6. Minguante Gibosa: Após a Lua Cheia, a porção iluminada da Lua começa a diminuir. A Lua Gibosa Minguante mostra um brilho decrescente.


  7. Quarto Minguante: Nesta fase, mais uma vez metade da Lua está visível, mas agora ela está encolhendo, à medida que o ciclo avança para a Lua Nova.


  8. Minguante Côncava: Finalmente, o ciclo chega à fase Minguante Côncava, onde apenas uma pequena fatia da Lua ainda é visível, voltando ao estado escuro da Lua Nova.


Libração: Indo além


Um fenômeno interessante que observamos é conhecido como libração da Lua, um pequeno movimento oscilatório que permite observarmos, ao longo do tempo, um pouco além das bordas do hemisfério visível. Apesar de a Lua estar em rotação síncrona com a Terra, essas oscilações revelam cerca de 59% da superfície lunar, em vez dos 50% esperados.

Os principais tipos de libração são:


  • Libração em longitude: ocorre porque a órbita da Lua é elíptica, fazendo com que sua velocidade orbital varie. Como sua rotação é uniforme, às vezes vemos um pouco mais de um lado ou de outro.

  • Libração em latitude: causada pela inclinação do eixo de rotação da Lua em relação ao plano de sua órbita, permitindo vislumbrar um pouco mais dos polos.

  • Libração diurna: resultado do deslocamento do observador na superfície terrestre. Ao nascer e ao se pôr, a Lua aparece sob ângulos ligeiramente diferentes, revelando pequenas áreas alternadas.


Essas librações são fundamentais para os estudos lunares, pois ampliam nossa visão da superfície do nosso satélite natural. No vídeo a seguir do Planetário do Rio é possível apreciar um pouco mais sobre a Lua e a Libração.




 

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