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Levando as Estrelas Caninas para um Passeio de Primavera: Sírius e Procyon

Por David Prosper

Tradução por Jullyana Mendes Vasconcelos e Fernando Soares

Revisão por Marco Centurion


Os céus de março apresentam muitas estrelas e constelações deslumbrantes cintilando alto na noite, mas duas das estrelas mais brilhantes são o foco de nossa atenção este mês: Sírius e Procyon, as estrelas caninas!


Sírius é a estrela mais brilhante do céu noturno, em grande parte porque é uma das estrelas mais próximas do nosso Sistema Solar, a apenas 8,6 anos-luz de distância. Comparada com nosso Sol, Sírius possui duas vezes sua massa e é muito mais nova. Estima-se que Sírius tenha várias centenas de milhões de anos de idade, apenas uma fração dos 4,6 bilhões de anos do Sol. Próxima à Sírius - aproximadamente à largura de uma mão com os dedos abertos, afastada pelo braço esticado - você encontrará Procyon, a oitava estrela mais brilhante do céu noturno. Procyon é outra das estrelas próximas do Sol, embora esteja um pouco mais longe que Sírius, a 11,5 anos-luz de distância. Ainda que menos massiva que Sírius, ela é muito mais velha e incomumente luminosa para uma estrela de seu tipo, levando os astrônomos a suspeitar que ela pode, “em breve”, – em alguns milhões de anos a partir de agora – inflar em uma estrela gigante, uma vez que se aproxima do fim de sua vida estelar.


Sírius e Procyon são apelidadas de “Estrelas Caninas,” um nome adequado já que elas são as estrelas mais brilhantes em suas respectivas constelações – Canis Major and Canis Minor – cujos nomes são traduzidos para “Cão Maior” e “Cão Menor.” Não são todos que as veem como companheiras caninas. Como duas das estrelas mais brilhantes do céu noturno, elas aparecem com destaque nas histórias do céu de várias culturas ao redor do mundo. Sírius também captura a imaginação das pessoas ainda hoje: quando está nascendo ou se pondo no horizonte, sua luz se mistura com a turbulência de nossa atmosfera, fazendo a estrela brilhar com uma cor tremeluzente de forma selvagem. Esta visão vívida e misteriosa era um indicativo de mudanças nas estações para os povos antigos e até desencadeia relatos de OVNIs na era moderna!


Ambas estrelas brilhantes têm companheiras ocultas: pequenas e densas estrelas anãs brancas, sobras de estrelas supermassivas “parceiras”. Interessantemente, ambas as companheiras obscuras foram inferidas de estudos cuidadosos dos movimentos de suas estrelas-mãe nos anos 1800, antes de elas serem observadas diretamente! Elas são uma observação desafiadora, mesmo com um grande telescópio, uma vez que suas estrelas-mãe são tão brilhantes que sua luz ofusca a luz muito mais fraca de suas minúsculas companheiras. As estrelas anãs brancas, assim como suas estrelas-mãe, têm diferenças: Sirius B é mais jovem, mais brilhante e mais energética do que Procyon B. Observações cuidadosas desses sistemas próximos ao longo de centenas de anos ajudaram a avançar nos campos de: astrometria, a medição precisa de estrelas; evolução estelar; e astrosismologia, o estudo da estrutura interna das estrelas por meio de suas oscilações. Descubra mais sobre nossa vizinhança estelar em nasa.gov!


Sírius e Procyon, os leais cães de caça próximos a Órion, o caçador! Que outras histórias você pode imaginar para estas estrelas? Aprenda sobre “Lendas do Céu” e crie a sua com essa atividade: https://bit.ly/legendsinthesky Imagem criada com a assistência do software Stellarium.

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