Por Theresa Summer
Traduzido e regionalizado por Marco Centurion
Constelações de pássaros abundam no céu noturno, incluindo a constelação do Cisne, o majestoso cisne. Fácil de encontrar com suas estrelas deslumbrantes, é uma das poucas constelações que se parecem com seu homônimo e está cheia de tesouros. Visível no Hemisfério Norte durante todo o verão (para nós do hemisfério Sul, torna-se visível no inverno, por algumas horas da madrugada), há tanto para ver e até mesmo algumas coisas que não podem ser vistas. Para localizar o Cisne, comece com a estrela mais brilhante, Deneb, também a estrela mais a sudeste e mais fraca do Triângulo de Verão (considerando um observador no hemisfério Sul). O Triângulo de Verão é composto por três estrelas brilhantes de três constelações diferentes . "Deneb" é uma palavra árabe que significa "cauda". Em seguida, siga para dentro do triângulo até avistar a estrela Albireo, às vezes chamada de "estrela do bico", no centro do triângulo de verão. Estendendo-se perpendicularmente a partir dessa linha, há duas estrelas que marcam a travessa, ou as asas, e também há estrelas fracas que estendem as asas do cisne.
Em de céus com poluição luminosa, você pode ver apenas as estrelas mais brilhantes, às vezes chamadas de Cruz do Norte. Em um céu mais escuro, a linha de estrelas que marca o pescoço do cisne, segue ao longo da faixa da Via Láctea. O uso de binóculos permitirá distinguir muitas estrelas nesse caminho, incluindo um aglomerado aberto de estrelas brilhantes designado como Messier 29, localizado ao sul da estrela que representa o torso do cisne. Esse agrupamento de estrelas jovens pode parecer ter uma tonalidade avermelhada devido ao gás excitado próximo.
Vamos aprofundar! Embora a brilhante estrela do bico, Albireo, seja fácil de identificar, um telescópio permitirá que sua verdadeira observar seu brilho! Como uma caixa de jóias no céu, a ampliação revela um belo sistema de duplo de estrelas, com uma estrela dourada vívida e uma estrela azul brilhante no mesmo campo de visão. Há outra maravilha a ser vista com um telescópio ou binóculos potentes, o Laço do Cisne. Às vezes conhecida como Nebulosa do Véu, você pode encontrar esse remanescente de supernova (os restos gasosos expelidos pela explosão de uma estrela grande) diretamente acima das duas últimas estrelas da asa leste do cisne. Parecerá um anel fraco de gás iluminado com cerca de três graus de diâmetro (seis vezes o diâmetro da Lua).
Falando de estrelas já extintas, astrônomos detectaram uma fonte de raios-X de alta energia no Cisne que não podemos ver com nossos olhos ou telescópios caseiros, mas que é detectável pelo observatório Chandra de Raios-X da NASA. Descoberto em 1971 durante um voo de foguete, Cygnus X-1 é a primeira fonte de raios-X amplamente aceita como um buraco negro. Esse buraco negro é a fase final da vida de uma estrela gigante, com uma massa de cerca de 20 sóis. Cygnus X-1 está girando a uma taxa fenomenal, mais de 800 vezes por segundo, enquanto devora uma estrela próxima. Falando astronomicamente, esse buraco negro está em nossa vizinhança, a 6.070 anos-luz de distância. Mas ele não representa nenhuma ameaça para nós, apenas oferece uma nova maneira de estudar o universo.
Confira o belo pássaro no seu céu esta noite e você ficará encantado em adicionar o Cisne à sua lista de observação de verão. Saiba mais sobre os métodos mais recentes da NASA para estudar buracos negros em www.nasa.gov/black-holes.
Uma ilustração mostrando as estrelas da constelação de Cygnus e o Triângulo de Verão. As áreas destacadas incluem o Cygnus Loop, Messier 29, as estrelas Deneb e Albireo, e a localização do buraco negro. Criada com assitência do apicativo gratuíto Stellarium
Uma imagem dividida mostrando à esquerda uma visão profunda da região do céu onde o buraco negro Cygnus X-1 pode ser encontrado, indicado por um quadrado vermelho. À direita, um desenho de um disco ao redor de um pequeno buraco negro central. O disco está puxando material de uma grande estrela azul à direita. Um jato de material é lançado para cima e para baixo a partir do centro do buraco negro.
Embora o buraco negro Cygnus X-1 seja invisível mesmo com o telescópio óptico mais potente, ele brilha intensamente em raios-X. À esquerda está a visão óptica daquela região com a localização de Cygnus X-1 mostrada na caixa vermelha, conforme capturado pelo Digitized Sky Survey. À direita, há uma concepção artística do buraco negro puxando material de sua enorme estrela companheira azul. (Crédito: NASA/CXC)
Comments