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Uma chama no céu - A nebulosa de Órion

By Kat Troche

Traduzido por Rodrigo Raffa¹ e Revisado por Marco Centurion²


É aquela época do ano novamente: verão! Aqui no Hemisfério Sul, as constelações características surgem no céu, proporcionando vistas espetaculares de diversos objetos, sendo o mais famoso de todos Orion, o Caçador.


Creditos: Stellarium Web


Como mencionado anteriormente, Orion é uma ótima maneira de testar a escuridão do céu. Com o olho nu, você pode facilmente avistar essa constelação em forma de ampulheta. Conhecido como um épico caçador na mitologia greco-romana, Orion e todas as suas partes receberam diversos nomes e significados em muitas culturas. Na mitologia egípcia, esta constelação representava o deus Sah. Os babilônios a chamavam de O Pastor Celestial. Em muitas culturas, o Cinturão de Orion que possui várias histórias: Shen no folclore chinês, as três Marias no Brasil ou Tayamnicankhu nas narrativas lakotas. Mas os maias da Mesoamérica acreditavam que parte de Orion continha A Lareira Cósmica - o fogo da criação.


A 1.500 anos-luz da Terra, encontra-se a região de formação estelar e a joia da coroa de Orion - Messier 42 (M42), a Nebulosa de Orion. Parte da "espada" de Orion, essa nuvem de poeira e gás fica abaixo da primeira estrela do Cinturão de Orion, Alnitak, e pode ser facilmente avistada a olho nu sob céus moderadamente escuros. Você também pode usar binóculos ou um telescópio para distinguir ainda mais detalhes, como o Trapézio: quatro estrelas em forma de uma pipa. Essas estrelas jovens compõem o núcleo deste magnífico objeto.


É claro, não é apenas para ser observada! M42 é facilmente uma das nebulosas mais fotografadas por astrofotógrafos aqui na Terra, em grandes observatórios terrestres e até mesmo em telescópios espaciais. Há muito tempo é um local de interesse para os Telescópios Espaciais Hubble, Spitzer e Chandra de Raios-X, com o Telescópio Espacial James Webb se juntando à lista em fevereiro de 2023. No início deste ano, a NASA e a Agência Espacial Europeia divulgaram uma nova foto da Nebulosa de Orion tirada do NIRCam (Câmera de Infravermelho Próximo) do JWST, permitindo que os cientistas observem essa região inicial de formação estelar em comprimentos de onda curtos e longos.



ESA/Webb, NASA, CSA, M. Zamani (ESA/Webb), PDRs4ALL ERS Team


Mas as estrelas não são os únicos objetos fotografados aqui. Em junho de 2023, o NIRCam e o MIRI (instrumento de infravermelho médio) do JWST capturaram imagens de um sistema estelar em desenvolvimento com um disco planetário se formando ao seu redor. Isso mesmo - um sistema solar se formando em tempo real - localizado nas bordas de uma seção chamada Barra de Orion. Cientistas nomearam esse disco de formação planetária como d203-506, e você pode aprender mais sobre sua química aqui. Ao capturar esses objetos em múltiplos comprimentos de onda de luz, agora temos uma compreensão ainda maior do que outros objetos podem estar se escondendo dentro dessas regiões nebulosas de hidrogênio em nosso céu noturno.


Saiba mais sobre o que observar no céu com nosso próximo artigo do meio do mês na página da Night Sky Network através do site da NASA! Este texto foi traduzido pelo Clube de Astronomia Centauri, e ao compartilhá-lo, solicitamos a devida atribuição de créditos.



¹ Mestrado em Ensino de Física. Docente no Serviço Socia da Industria CE 124. Membro fundador do Clube de Astronomia Centauri de Itapetininga.


²Pós-Graduação em Jornalismo Científico. Math and Science teacher at Maple Bear. Membro diretor científico do Clube de Astronomia Centauri de Itapetininga.

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